"Ensaio sobre o Adultério"
Conseguia ler-te nos olhos, a tua expressão não enganava ninguém:
“Quem és tu?” - dizias tu para ti própria, pensando em mim. - “Vives cada momento a odiar e a amar toda a gente!”
E eu com toda a minha raiva dizia-te:
“Quem tu és e porque me olhas assim?”
E com esse sorriso intrigante apertavas-me a mão como quem diz:
“Por ti cometeria adultério... Contigo...” - em voz alta - "Olá Daniel!"
Primeira Quebra Cronológica.
“Quem era este?” - perguntaste tu àquela multidão.
Foi de facto um choque frontal...
Vinte anos!
Sim! Vinte anos sem ter amado alguém. Esse era o problema com que a tua consciência se debatia.
O meu era a incerteza de saber se alguém sairia daqui magoado...
Segunda Quebra Cronológica.
Não, magoado não saiu ninguém. Ficamos todos lá dentro a ler uma revista qualquer, todos juntos a tentar arduamente cultivarmo-nos. Não dissemos palavra um ao outro. Deitei os olhos ao teu traseiro...
Terceira Quebra Cronológica.
Que amor o meu...
Eu sozinho aqui...
Tu sozinha lá...
Só, com o teu olhar de indiferença sobre a bela família que poderíamos ter sido, ou então destruído...
“Quem és tu?” - dizias tu para ti própria, pensando em mim. - “Vives cada momento a odiar e a amar toda a gente!”
E eu com toda a minha raiva dizia-te:
“Quem tu és e porque me olhas assim?”
E com esse sorriso intrigante apertavas-me a mão como quem diz:
“Por ti cometeria adultério... Contigo...” - em voz alta - "Olá Daniel!"
Primeira Quebra Cronológica.
“Quem era este?” - perguntaste tu àquela multidão.
Foi de facto um choque frontal...
Vinte anos!
Sim! Vinte anos sem ter amado alguém. Esse era o problema com que a tua consciência se debatia.
O meu era a incerteza de saber se alguém sairia daqui magoado...
Segunda Quebra Cronológica.
Não, magoado não saiu ninguém. Ficamos todos lá dentro a ler uma revista qualquer, todos juntos a tentar arduamente cultivarmo-nos. Não dissemos palavra um ao outro. Deitei os olhos ao teu traseiro...
Terceira Quebra Cronológica.
Que amor o meu...
Eu sozinho aqui...
Tu sozinha lá...
Só, com o teu olhar de indiferença sobre a bela família que poderíamos ter sido, ou então destruído...
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